No comecinho de 11 de maio, Filipe Toledo mostrou que está mais do que pronto para retomar seu lugar entre os gigantes do surf mundial. Ele venceu a etapa da Gold Coast, em Burleigh Heads, com uma performance que dá gosto de ver. E o mais louco? Foi contra Julian Wilson — o mesmo cara que ele já tinha vencido por lá em 2015.
Essa vitória foi especial por vários motivos. Primeiro, marcou o retorno de Filipinho ao tour da WSL depois de uma pausa por conta da saúde mental em 2024. Segundo, foi sua 18ª vitória em etapas da elite, o que o coloca entre os principais surfistas brasileiros da história recente.
Desempenho sólido do início ao fim
Desde as primeiras fases, Filipinho mostrou que não foi pra passear. Nas quartas, bateu Yago Dora, atual número dois do mundo. Na semi, teve duelo com o brother Alejo Muniz e ainda cravou a única nota 10 do evento depois de encaixar um tubo pesado com finalização no talo.
A final contra Julian Wilson foi daquelas que ficam na memória. Com três minutos de bateria, ele já mandou um aéreo com rotação completa — sua marca registrada — e arrancou 8,33 dos juízes.
Julian respondeu com um 8,10, e os dois seguiram trocando altas ondas. Mas foi Filipinho que achou um tubo raro em Burleigh, fez uma manobra firme e garantiu 8,53. Não satisfeito, ainda sacou uma onda final de 9,07, que basicamente selou a vitória. Placar? 17,60 contra 16,90. Só show!
Relembrando a trajetória de Filipe Toledo no surf
No caso de você ainda não conhecer tudo da caminhada do atleta, vamos recordar. Filipe Toledo nasceu em Ubatuba (SP), mas foi criado em San Clemente, na Califórnia — lugar onde o surf é quase uma religião. Filho do ex-surfista Ricardo Toledo, ele entrou pro circuito mundial em 2013, com só 18 anos.
O primeiro sinal de que ele seria um fenômeno veio em 2015, quando venceu três etapas: Gold Coast, Rio e Trestles. Em 2022 e 2023, levou os títulos mundiais nos WSL Finals.
E olha só: Filipe é o brasileiro com mais vitórias em etapas do tour — já são 18. Filipinho também é conhecido por voar nos aéreos e pela leitura rápida de onda. Mesmo nas ondas mais pesadas, tipo Teahupo’o, ele foi evoluindo e hoje encara sem medo.
Como está a classificação do mundial e o que vem por aí
A vitória na Gold Coast jogou Filipe para sexta posição no ranking da WSL 2025. Entre os atletas brasileiros, o surf segue muito bem representado: Italo Ferreira e Yago Dora estão lá no topo, em 1º e 2º lugares. Ainda temos Miguel Pupo (9º), Alejo Muniz (16º) e João Chianca (22º) dentro do corte. Já Deivid Silva, Ian Gouveia, Samuel Pupo e Edgard Groggia precisam se garantir melhor nas próximas etapas.
E atenção pra quem tá acompanhando o tour: a próxima etapa acontece em Margaret River, de 13 a 22 de maio. Essa será a última antes do corte da WSL, que define quem segue para a segunda parte da temporada.
O indicado é que os atletas estejam no Top-22 para seguir vivos na briga. Filipinho? Já tá garantido. E com esse gás, pode pintar fácil nos WSL Finals de novo.
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